Minha Língua é a Portuguesa (COM CERTEZA!)
Por Jô Souza
O que é um povo sem a sua língua materna? É inconcebível a existência e o desenvolvimento de uma sociedade que não se expresse, seja de forma oral ou escrita, por intermédio desse nobre patrimônio cultural. E a nossa – a Língua Portuguesa –, uma das mais belas e faladas do mundo (quiçá uma das mais maltratadas também), é motivo de ufanismo para os que a admiram e a têm como uma valiosa ferramenta de comunicação imprescindível nas relações interpessoais e na própria concepção e formação da identidade de cada ser no contexto social em que está inserido.
Vocês fazem ideia da enxurrada de palavras que proferimos no nosso dia a dia? Do sujeito mais monossilábico ao verborrágico que fala demais, mas não tem nada a dizer. Essa expressividade – sensorial/textual/oral – se materializa de forma abrangente e íntima nos mais diversos canais de comunicação/redes de relacionamento (físicos ou virtuais): no canto do poeta, no bate-papo entre amigos, na explanação do professor, no degustar das palavras que emergem da leitura ou mesmo na receita de uma suculenta macarronada. Tudo isso serve para verbalizar ideias, traduzir sentimentos, narrar histórias, construir conhecimentos; enfim, partilhar visões de mundo que enriquecem grandemente as relações por meio da linguagem. Ante o exposto, nota-se que esta é de suma importância, pois é intrínseca em todos os âmbitos sociais do nosso cotidiano, manifestando um universo grandioso de vastas possibilidades e infinitas descobertas.
A língua: suas variantes, sutilezas e particularidades – um fenômeno tão indissociável no que tange os aspectos gramaticais. ̶P̶o̶r̶i̶s̶s̶o̶ POR ISSO, dominá-la representa a aquisição de um AGENTE transformador e libertador, que A GENTE precisa PÔR em prática no sentido de explorar todo o potencial proporcionado POR ela. Do culto ao coloquial, das expressões ̶m̶e̶n̶a̶s̶ MENOS usuais – energúmeno, achacador, idiossincrasia, ósculo – às mais corriqueiras – democracia, corrupção, ditadura, impeachment. O respeito ou a transgressão às normas vigentes que regem a Gramática reflete intimamente sobre a pessoa que fala, muito MAIS do que se possa imaginar. MAS muitos a renegam, tendo como pretexto a rigidez das regras e complicadas EXCEÇÕES. Fazer uso de maneira ponderada, ̶c̶o̶n̶s̶e̶rt̶e̶z̶a̶ COM CERTEZA é um pré-requisito essencial A FIM de se evitar a banalização e o constrangimento evidenciados nas reincidentes práticas perversas que se proliferam no mais alto grau de “gramaticídio” (perdoe-me o infame trocadalho do carilho) ou outra agravante de natureza AFIM. SENÃO, daqui a pouco, ̶v̶a̶m̶o̶s̶ ̶e̶s̶t̶a̶r̶ ̶a̶p̶r̶e̶n̶d̶e̶n̶d̶o̶ APRENDEREMOS o dialeto dos falantes do planeta “Analfa“, ONDE tudo é possível. AONDE vamos chegar até encontrar A solução? Aliás, HÁ solução? ÀS VEZES penso que não. Talvez e̶s̶t̶e̶j̶e̶ ESTEJA enganado. ̶D̶e̶r̶r̶e̶p̶e̶n̶t̶e̶ DE REPENTE, as coisas mudam (aí será um ̶p̶r̶e̶v̶i̶l̶ég̶i̶o̶ PRIVILÉGIO, uma ̶b̶e̶n̶ça̶o̶ BÊNÇÃO). DESDE que HAJA comprometimento e cada um AJA com bom senso. SE NÃO for assim, ̶h̶a̶v̶e̶r̶ão̶ HAVERÁ motivos de sobra para ̶m̶i̶m̶ EU dizer: parem o mundo que eu quero descer!
̶A̶o̶ A meu ver, cada indivíduo fala do ̶g̶e̶i̶t̶o̶ JEITO que ̶q̶u̶i̶z̶e̶r̶ QUISER, conforme suas aptidões e/ou necessidades. Não tem nada A VER com preconceito linguístico, o que tem que HAVER é o respeito, independentemente do meio adotado para se comunicar: gíria, internetês, barbarismo ou bizarrice – todos ̶t̶e̶m̶ TÊM a liberdade para oferecer “duzentas gramas de mortandela a um mendingo“. É até um ato de generosidade; ou mesmo pedir um chopes e dois pastel. Embora ̶s̶e̶j̶e̶ SEJA um tanto indigesto). Vale ressaltar que o MAU uso da língua pode se tornar um ̶i̶m̶p̶e̶c̶i̶l̶h̶o̶ EMPECILHO, ̶h̶a̶j̶a̶ ̶v̶i̶s̶t̶o̶ HAJA VISTA que uma vírgula MAL-empregada pode distorcer o sentido da mensagem e confundir o interlocutor. Concorda ̶c̶o̶m̶ ̶m̶i̶g̶o̶ COMIGO? Não?! POR QUE discorda? Pode falar POR QUÊ! Diga-me, PORQUE assim poderei encontrar um PORQUÊ para convencê-lo do contrário.
Espero que ESTA leitura não tenha sido PERDA de tempo, TAMPOUCO maçante. Agora que falta TÃO POUCO e ESTÁ quase terminando, não PERCA a paciência! Bem, se você chegou até aqui, acredito que o̶u̶v̶e̶ HOUVE uma empatia entre ̶e̶u̶ MIM e você. Portanto, digo: O̲B̲R̲I̲G̲A̲D̲O̲!
Em suma: a pluralidade vocabular, bem como todas as nuances que envolvem o nosso instigante idioma, é sinônimo de uma inesgotável fonte de riqueza singular, despertando o mais profundo e inebriante encantamento na alma dos seus amantes, que nutrem um sentimento inenarrável de apreço pela nossa inestimável e exuberante Língua Portuguesa, muito mais do que possam supor nossa vã – e vil – filosofia.